quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Felicidade

“Felicidade é deitar ao sol, é abraçar os filhos, ver o amanhecer...”, enquanto um guri abria uma caixa de mega drive, ao lado da árvore de Natal. Para as Lojas Colombo, isso é a felicidade (inclusive, segundo eles, a felicidade mora por lá!). Mas será que é só isso? Será que a felicidade tem endereço, nome, sobrenome, CPF e um apelido maldoso que ganhou dos amigos da rua?

Basicamente nascemos e somos criados por nossos pais da melhor maneira possível, para podermos buscar a felicidade. Mas será que para buscá-la eu preciso pegar o Inter 2, escrever uma carta ou sentar na grama do Barigui num dia de sol? Será que eu consigo comprá-la? Será que vou encontrá-la numa caixa velha de sapatos onde eu guardo as minhas pecinhas antigas de lego?

Descobri que a felicidade não deve ser encontrada, e sim criada. Somos nós que manipulamos nossos sentimentos para nos sentirmos bem ou mal com as coisas da vida. Somos nós que olhamos no espelho e dizemos “Como eu sou feliz!”. Vivemos passagens em nossas vidas e as culpamos pela nossa sorte, mas pense bem, essas passagens ocupam quantas horas do seu dia? E todas as outras horas? Por que não ser feliz nessas outras horas?

Eu não soube ser feliz nas outras horas, e deixava que os momentos ruins tomassem conta do meu dia inteiro, mas depois de superar o problema, eu olhei no espelho, respirei fundo e sorri: Como eu sou feliz!

O que me faz feliz?

Pra mim a felicidade não tem nome e sobrenome, não está em lugar nenhum e não custa nada. A minha felicidade atende por liberdade. Eu poderia ter uma Ferrari conversível e um barco bonito pra brincar de Colombo, mas não me adiantaria de nada isso tudo se eu tivesse que chegar em casa e explicar por A + B onde eu fui com a minha Ferrari, que horas eu cheguei, quem foi comigo, se tinha mulher lá e depois de tudo bem bonitinho, ainda ouvisse um “você está mentindo”.

Prefiro continuar andando de Santa Cândida / Capão Raso, chegando de madrugada e devendo explicações somente ao meu fígado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa essa você pegou pesado hen!
Mais concordo plenamente....
Concordo mais ainda quando meus pais resolvem fazer me visitar, ptz era pra ser uma coisa agradável, tipo reunião de família, afinal eu fico meses sem vê-los...
Mais junto com eles também vem os questionamentos... “ comeu? Dormiu? Respiro? Com quem? Aonde? Como? Porque? Que horas volta?” é o cumulo depois de anos morando sozinha responder qualquer uma dessas perguntas...

Anônimo disse...

olhe...
a felicidade pra vc pelo jeito está no vínculo...
naum tem como ser feliz sozinho...
a família, os amigos, até o cachorro nos cobram o porquê do que estamos fazendo...
isso é bom... as coisas passam a fazer sentido...
pra mim a felicidade ainda relacionada a ser cobrada também por quem eu queria que me cobrasse...
no final de tudo nós queremos é que nos dêem atenção...

Anônimo disse...

felicidade é algo muito subjetivo... Mas até q me provem o contrario, felicidade é ter dinheiro.
Pobre não é feliz! Pobre ACHA q é feliz... não da pra ser feliz pegando onibus lotado, morando na pqp, comendo todo dia na rí barbosa por um pila por falta de alternativa e tendo q toma pinga do barril...
com dinheiro, vc compra o que quiser, quando quiser, de quem quiser e pelo motivo que quiser! Com dinheiro vc manda matar, manda nascer e até manda renascer e remorrer... e tenho dito!