quinta-feira, 21 de maio de 2009

Descolado II

Complementando o post anterior, com um vídeo GENIAL e VERÍDICO, que a M*ella postou nos comentários.

Descolado

Claro que ser engenheiro da computação deve ser pior, aliás, o workchopp deles poderia até se chamar “workfrag”, ser realizado em uma lan house e o ápice da noite seria um headshot executado por um Newbie campereando. Em compensação, ninguém ali estaria preocupado em como pagar a centésima parcela do seu carro 1.0. Talvez até ser virgem nem seja tão desastroso assim...


Ser bobo passa longe de ser o problema do publicitário. Aliás, talvez seja o único pró absoluto da classe: O cara pode até virar gay, mas com certeza vai ser alguém que tem assunto, razoável nível cultural e sabe “interagir” com as pessoas. Claro que existem exceções, assim como existem nerds “pegadores”, mas em geral, essa é uma das características do perfil do publicitário. Com efeito, para os leigos os publicitários são pessoas de sucesso: Pensam que temos dinheiro e até as mulheres nos olham diferente. Não que eu seja o “passador de rodo” (Loooooooooooooonge disso...) graças a minha profissão, mas é fato que dizer que sou publicitário faz muitas mulheres olharem com um olhar de “Conte-me mais, champs!”, o que não aconteceria se eu dissesse que sou vendedor de barsa. Imaginam que somos criativos, inovadores e, é claro, descolados.


E afinal de contas, o que é ser descolado? Talvez você responda “Ah, alguém, tipo assim, irreverente, divertido, um cara iraaaaaaaado”. Ok, você não vai responder isso, e eu também não sei o que é ser descolado. Pena que o resto dos publicitários pensa que sabe. Na “galerinha da comunicação”, ser descolado é não perceber que a idade chegou e se vestir como um piá mesmo aos 50 anos de idade. Mais descolado ainda é aquele cara que usa terno, camisa baby look e all-star (tudo ao mesmo tempo, óbvio), ou então que fala anglo-corporativês (A mistura dos termos de empresários metidos a besta com o inglês, um idioma totalmente “bellow the line”).


Análise SWOT a parte, é a hora do mundo saber a verdade: Ganhamos mal, fingimos que estamos adorando a nossa vida sem folgas e participamos de workchopp’s onde fingimos prestar atenção no que o palestrante, geralmente um paulistano vencedor de algum “animal” de ouro em um concurso qualquer, está falando.

(Insira o bichinho que você quiser no lugar da palavra animal. Leão, lobo, porco, sapo, até ornitorrinco vale)


Enfim, apesar dos pesares, não sei nem do que eu estou reclamando...já pensou se eu fosse jornalista?


=P

terça-feira, 12 de maio de 2009

Manutenção

Lembro bem, eu era adolescente e discutia com um amigo meu, também adolescente, qual seria a melhor opção: Uma BMW usada ou um Astra 0 km? Nenhum dos dois tinha idade pra tirar a carteira, e ambos dirigíamos tão bem quanto uma senhora míope sem óculos, o que não nos tirou o “direito” de brigar feio sobre isso, quase indo para as vias de fato. Os argumentos, quase sempre idiotas, giravam em torno do “cheiro de carro novo” pra defender o Astra e “o que a BMW tem um carro nacional nunca vai ter” pra defender o carro alemão.


Eu era o defensor da caranga importada, pensava apenas no motor, no conforto, nas facilidades e no “status” que aquele carro podia oferecer. Só esqueci de um “pequenino” detalhe: A manutenção. Eu (e meu amigo também) só pesei o valor do carro: Uma BMW com 7 anos de uso à época custava a mesma coisa que um Astra novo, e isso me iludia, achando que eu poderia andar com um esportivo importado gastando a mesma coisa que gastaria com um carro “bacaninha” nacional. Não calculei a diferença de valores do seguro do carro, de um farol novo em caso de acidente, de uma roda original, entre outros badulaques disponíveis no modelo europeu.


O tempo passou e eu não tive a chance de escolher entre os dois modelos, na verdade, o sistema de transporte público curitibano me escolheu sem me perguntar muita coisa. Agora a discussão é sobre valer a pena ou não o “vale pobre”, apelido carinhoso que eu dei para meu cartão de usuário de ônibus. Mas essa velha discussão sobre os carros me fez pensar sobre outro tipo de manutenção: Manutenção de mulheres.


No caso delas, isso tudo também vale. Não que elas funcionem a gasolina e um modelo com ar condicionado traga mais gastos que um simplório, mas uma grande mulher, linda, inteligente e bem nascida não vai se impressionar com uma esfiha e uma gasosa no botequinho do bairro. Você geralmente a conhece em um bar mais sofisticado, está com roupas boas e depois que a conquista, a leva para jantar em um bom restaurante, de cozinha internacional. Você pode até encontrar alguma bela mulher tomando tubão no meio fio, mas a chance disso acontecer é a mesma de a Mercedes-Benz fazer promoção no preço das peças genuínas da linha SLK.