quarta-feira, 26 de novembro de 2008

E não é que deu certo?

No começo despretensioso, recebeu algumas bobagens, alguns rabiscos e restos de raciocínio mal formulados, se passou por um bloco de notas e um muro das lamentações virtual. Com o tempo, não que tenha deixado de ser o que era, mudou, ainda humilde mas agora com pretensões, sonhos e movimento. As pessoas por ali passavam, retornavam, muitas vezes até deixavam suas contribuições, algumas migalhas no chapéu estendido no chão, e foi graças a essas migalhas que ele cresceu, ganhou elogios e deixou o seu criador orgulhoso.


Esse post é curto, mas é especial.


Parabéns Caderninho do Grelha, Após 50 dias, você atingiu as suas primeiras 1000 visitas.


Viva!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Reencontro

Sabe aquele papinho besta de que a gente só dá valor quando perde? É mais ou menos por aí, mas não é bem isso. O cidadão tem uma rotina, acorda todos os dias na hora x, pra ir pro lugar y, encontra com as pessoas z e faz o que tem que fazer. Tudo parece normal, monótono, quiçá desgastante. Então acaba tudo, a rotina muda e as pessoas com quem o caboclo conviviam já não fazem mais parte do seu dia-a-dia. É tomado outro rumo, formam-se novas histórias, outras amizades, convivências diferentes, mas o cara nunca esquece da sua rotina de antes. Até que ele encontra um de seus colegas antigos na rua, dá uma abraço fraterno e pergunta as mesmas amenidades de sempre...”Onde anda?’...”Fazendo o que?”...”Trabalhando na área?”...e ouvindo as histórias do antigo companheiro surge a saudade de tempos que não vão mais voltar.


Os anos passam, os enredos de nossas vidas tomam rumos diferentes, mas depois de alguns encontros não combinados nas ruas, resolvemos que devemos nos encontrar novamente. Como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivéssemos subido naquele palco de teatro pra receber o nosso canudo, os assuntos são os mesmos, as piadas são as mesmas, as provocações são as mesmas e o timbre de nossas risadas ainda são os mesmos. O tempo passa, o cabelo cai, a conta no banco engorda, mas ainda somos os mesmos manés que desenhávamos os outros nas folhas do caderno de estatística. Ainda somos os mesmos palhaços que damos apelido pra todo ser caricato que cruze o nosso caminho. Ainda somos o quarteto, o quinteto, o sexteto...a galera mais odiada da turma de Publicidade de 2003, e os caras que mais levaram o riso e a descontração para as aulas de comunicação do Unicenp.


Que nossos reencontros não sumam da mesma maneira que aquele ser careca sumiu.


P.s: Drico, nós temos nojo de você! hehehe

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Um novo membro

Levantei cedo. O dia não era dos mais bonitos, mas também não era dos mais feios, e sair de casa não seria um grande desafio. Banho tomado, tênis calçado, café tomado, em minutos eu já estava caminhando em direção ao centro, onde a procura começaria. Já na primeira parada, muita coisa pra me tirar a atenção, várias cores, tamanhos, preços e utilidades. Me foquei, escolhi um e levei para a salinha, onde conversamos de perto. Após alguns ajustes eu já podia sentir o que ele tinha pra me oferecer...hmm...e percebi que não me sentia confortável com ele. As coisas não se encaixavam como deveriam. Então parti, buscando a próxima parada. E foi lá que encontrei um mais velho, cheio de manias. Parecia legal, mas não sei, o santo não bateu, ele oferecia mais do que eu queria e eu não gosto disso.


Enfim, a parada final. Escolhido, o levei pra mais um bate papo. Aparentemente, ele não oferecia mais do que os outros, mas também não tinha frescuras. Ele falou bonito, no tom que eu gosto de ouvir e com algumas palavras, me convenceu que era ela quem eu deveria escolher.


E foi assim que eu escolhi o meu novo violão!


Bem vindo à família Taka!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vem de dentro

Você prefere honrar a si mesmo ou aos outros?
Prefere rir de si mesmo ou rir dos outros?
Acredita que se pensar que tal pessoa é “isso ou aquilo” vai fazer de você uma pessoa melhor ou pior? Mais ou menos feliz? Eu não vou mais por aí. Desigualdade é como tiro no pé, prefiro mergulhar na humanidade, viver a diversidade das vidas. Liberdade.

Boa parte do sucesso das pessoas está em como ela respeita as diferenças das demais e, principalmente, as próprias diferenças. Aquelas diferenças que você ignora e muda quando está com os outros e nem percebe. Aí você me diz: “mas eu não mudo, eu sou autêntico!”, e aí eu repito: “e nem percebe.”.

Todos nós temos algo que nos diferencia de tudo e de todos. Pra que querer ser igual ao que você pensa que é melhor? Ou apontar a diferença dos outros para criar a ilusão de que isso te faz melhor?

Cada um é cada um.
E cada vida é, igualmente, única e especial.

A alegria não vem de fora, vem de dentro! Se aceite. Receba (de, literalmente, corpo e alma) a sua vida como ela é. Agradeça mais: “Always look on the Brightside of life”. Se recompense, não se subestime. Viva da maneira que te faça bem! Ouça mais seu silêncio e menos o ruído dos outros! Originalidade. Não queira ser o que você não é. Não precisa! E, “por acaso”, você nunca vai ficar satisfeito.

Não pense que “se você tivesse ou fosse qualquer coisa” você seria mais feliz. Não seria.

Acredite: Vem de dentro.

A única coisa que temos em comum são as diferenças.
Viva e deixe que vivam as diferenças.
Até porque Deus é um só e o sol nasce para todos...

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Por Marcella Cruz. Sem tirar nem por.

domingo, 9 de novembro de 2008

Ciclos

Existe o maior de todos: A Vida. O cara nasce, cresce, casa, tem filhos, perde o apartamento no divórcio, envelhece e morre. Mas a vida não é feita de uma história só, linear e previsível. Dentro da nossa vida existem vários outros ciclos menores, mas não menos importantes. Cada ano, cada etapa, cada conquista, tudo representa um ciclo que nós não vemos começar, mas sentimos muito (ou não) quando acaba. Eu separo minha vida em alguns: Infância, pré-adolescência, mudanças de colégio, adolescência, faculdade, namoro, Estados Unidos, a volta pro Brasil e o fim do namoro.

A cada mudança de fase dessas, uma grande mudança de vida, uma grande mudança das pessoas com quem convivo, um novo ânimo. Lembro com carinho das chuteiras cheias de areia que faziam minha mãe dar chilique na infância, das defesas que me renderam os gritos de “presuntinho, presuntinho” nos campeonatos do spei, das “convocações” para os campeonatos pelo Tia Paula mesmo sem treinar no time, das medalhas, amigos e festas feitas no III Milênio, dos desenhos maldosos, dos apelidos dados, dos clássicos contra os calouros, das festas e das realizações durante a faculdade, da maluquice e dos amigos nos Estados Unidos.

Cada coisa dessas representou um ciclo, que muitas vezes me derramaram algumas lágrimas de saudade. Cada período desses representou uma história, um conto, um pedaço do quebra cabeça pra desvendar o que foi, é, e será a minha vida. Foram-se as paixões, as vitórias, os risos e os amigos, mas ficaram as lembranças, as metas, os sonhos e a esperança de viver cada vez mais ciclos como esses.

E para você? Qual a importância que cada ciclo teve na sua vida?


P.s: Valeu Sil!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Digitando um conto

Eu tentei. Comecei agora, segundos atrás, a escrever sobre algo que nunca existiu nem eu nunca senti, mas eu não consigo fugir da comédia, e o pior, não consigo fugir da comédia ruim! Eu tenho graça nas tiradas, e apenas nas tiradas, sou incapaz de subir no palco, começar a contar piadas e fazer as pessoas rirem comigo (e não de mim), sou incapaz, portanto, de escrever o absurdo engraçado.

E agora? Será que quando acabarem todas as reflexões que eu possa fazer será o fim do Caderninho do Grelha? Será que entrarei para a “prateleira do esquecimento” e nunca mais terei minhas bobagens lidas por alguém que não eu mesmo? Chega de pessimismo. Enquanto houver tema eu escrevo, enquanto houver sugestões eu escrevo, enquanto existirem leitores eu escrevo. Enquanto eu tiver um teclado eu escrevo.

Aliás, perceberam a sutileza do fim da escrita? O blog não me faz um escritor, o blog me faz um digitador, um datilógrafo. As tintas das minhas canetas não acabam mais, apenas secam. Me lembra meu pai brigando comigo porque a notícia da internet é diferente do jornal “papel”, como se a fonte da notícia não fosse a mesma. É mais ou menos isso, na prática, não muda, mas dá uma tristeza imaginar que as canetas estão largadas, com menos uso, o que será da Mont Blanc? A Sony virou concorrente direta da Bic? As aulas de caligrafia vão ficando cada vez menos importantes.

Bom, se for pensar pela caligrafia, quem me conhece sabe: É melhor mesmo eu digitar.

E que assim seja. Enquanto houver tema eu digito, enquanto houver sugestões eu digito, enquanto existirem leitores eu digito.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Três minutos

O que são 3 minutos? 3 vezes uma unidade de contagem de tempo, 5% de hora, 0,2% do dia? Quem sabe o tempo que se leva de casa até a padaria mais próxima? 3 minutos representam muito mais do que qualquer estatística sobre as horas do dia, esse é o tempo suficiente para se sair da apatia, chegar ao êxtase e conhecer o desespero. 3 minutos é o tempo que o veículo mais rápido da galáxia leva pra fazer a sua viagem mais longa, o trem que faz a linha purgatório – céu – inferno.

Pela segunda vez no ano, esse foi o tempo suficiente para eu estremecer de emoção, viver um momento ímpar e me sentir assistindo a um momento histórico, daqueles que nossos netos contarão para os netos deles. Mas pela primeira vez no ano essa alegria absurda se transformou em uma decepção imensurável e inexplicável. Pela primeira vez em muitos anos eu relembrei de momentos de glórias passados, de ídolos de outrora que até hoje estão na memória de muitos brasileiros e não-brasileiros também, mas tive que esquecer logo, para que a decepção não tomasse conta do meu dia e da minha semana.

3 minutos hoje representaram uma das finais esportivas mais espetaculares da história, uma derrota doída, daquelas de abalar até quem não se importa com esporte, e uma vitória adversária digna de entrar nos livros de história britânicos. Hoje, Felipe Massa viveu a desesperança, encontrou repentinamente no fim de sua jornada a glória a na última curva, na última manobra, no último suspiro viajou até o inferno e conheceu de perto o cramunhão.

Domingo é dia de Massa, mas hoje a vó resolveu mudar o cardápio.