Tire o pó do seu M2000, desenterre o seu New Balance

Não é novidade para ninguém, nem para o mais bronco dos ogros que se vestem com restos de panos: A moda é cíclica.

As coisas fazem sucesso, somem, se tornam ridículas, a gente ri das fotos de nossos pais usando aquelas merdas e, de repente, aparece a Madonna ou o Lenny Kravitz usando essas mesmas coisas e transformando o antes brega em tendência. Não é por acaso que está cheio de Marty McFly na rua, usando seus tênis nike retrô de cano longo. Aliás, há quanto tempo não tínhamos mais que decidir se o tênis que iríamos comprar era de cano longo ou curto? Desde os tempos áureos do “Pense Bem”, deduzo eu.

Pensando nisso e no bem dos nossos bolsos, eu aproveito esse post pra fazer um apelo: Não jogue fora suas roupas “old fashioned”. Troque as pilhas do seu relógio de pulso verde limão e tire da casinha do cachorro aquele M2000 que você fez seu pai comprar no seu aniversário de 10 anos. Pois se a moda agora é anos 80, entendo que na sequência vem os “early 90´s”, e aí você, garoto descolado e a frente de seu tempo, já tem um New Balance amarelado pra pagar de estiloso. Já pensou na economia? Depois que eu vi pedirem R$ 200,00 em um boné azul, do banco nacional, com o autógrafo do Ayrton Senna igualzinho ao que meu pai ganhou quando fez a conta dele no referido banco, eu percebi que a moda retrô chega sem noção alguma de valores justos.

E a moda retrô com preço abusivo não atinge só a galera preocupada com a roupa da balada. Ainda ontem entrei na Nike Store, vi uma chuteira e pensei...”Po, essa chuteira é igualzinha a do Romário na Copa de 94 hein....”. Pois bem: Era mesmo a dita cuja, com a tecnologia de 15 anos atrás e o preço de equipamento com tecnologia desenvolvida pela Nasa em 2030.

Aguardo ansioso pela volta daquele mascote com cara de fofão da colcci estampando camisetas com detalhes em rosa choque, amarelo e verde limão. E quando isso acontecer, eu juro que eu não vou fazer questão nenhuma de ficar na moda. Vou gastar minha energia toda rindo de todo mundo pagando R$ 300,00 naquela bizarrice.

Cartão de crédito: Faça parte da galera!!!

Escute essa música do Mastercard abaixo antes de mais nada:

Escutou?

Antes de mais nada, gostaria de dizer que acho essa música simplesmente genial, um dos jingles mais bacanas que já ouvi, e com certeza um dos melhores nos últimos anos, tanto “mercadologicamente” falando quanto musicalmente. Pena que essa cançãozinha com uma letra tão bem feita e uma melodia tão legal não vai pagar as minhas contas.

Pois é, eles mostram para você que ter um cartão de crédito te fará um aventureiro, de espírito jovem e cheio de disposição, um cara que topa qualquer balada, e que pode até comprar serviços de povos que ainda não conhecem o papel moeda, mas já aceitam mastercard. Até aí, tudo certo: Mas eles ainda não contaram quem é que leva os espelhos para os índios depois que você passa o seu moderno cartão com chip ao alugar uma prancha pra surfar na pororoca.

Se você não sabia, sinto te desapontar, mas a conta quem paga é você, e o pior, com essa liberdade toda você não controla nada (Sabe daquela história de que todo bêbado é rico e coisa e tal...). Quando chega a sua fatura no fim do mês, você já começa a olhar na sua casa o que pode te render uns trocados no mercado livre (I miss you, Fender). Bem, nem todo mundo tem uma guitarra, um mega drive, uma esteira ou um fax velho sobrando pra vender, e o que resta é pagar o mínimo.

“Quem é da galera, deve pro Visa!”, esse sim deveria ser o apelo. Todos os jovens descolados (exceto os que estudaram medicina ou engenharia) que saem na noite e viajam com os amigos devem pro seu cartão de crédito. Pagar o mínimo ou ficar sem nenhum centavo após pagar sua fatura hoje em dia já é questão de status! Seria honesto e quem sabe até mais efetivo do que qualquer musiquinha de balão! Imagine o seguinte comercial: Uma menina gata e animada chega na fila do banco pra pagar sua fatura Mastercard, enquanto a caixa pergunta - “Vai pagar quanto???”. A menina, bronzeada e recém chegada de um feriado na praia, sorri e fala com empolgação - “Eu vou pagar o mínimo!!!”. Quem é que não queria ser uma pessoa bonita e com uma vida agitada como ela? E que jovem que pode pagar mais do que o mínimo? Clientes premium (com uma renda mensal acima de R$ 400,00) poderiam até ter um mínimo de apenas 5% do total da fatura!

Faça parte da galera que entrega seu salário todo pra operadora de cartões de crédito. Eu já faço, e você?

Tá “nervosso”, Patrón?

Que ano abençoado! Parece até que todos os feriados caíram nas segundas e sextas-feiras e todo mundo pôde ter vários dias seguidos de descanso.

Que ano caro! Com tantos feriados e companhias dispostas, eu viajei mais do que os nossos 2 últimos presidentes. Depois de diversas idas à praias, festas e encontros familiares, só faltava a viagem de compras: Hola, Paraguay!

Foz do Iguaçu é longe demais, e como é uma cidade que ferve de turistas e não tinha um hotel com vagas no feriado, dormimos a primeira noite em Cascavel, que ficava no caminho. Eu teria muito pra falar de uma cidade cheia de mulheres bonitas, homens feios e uma rede de lojas chamada “D´brussus”, mas isso mereceria outro post. No dia seguinte, bem cedo, fomos à Foz, chegamos em um hotel e tentamos uma vaga, deixamos o carro lá e atravessamos a fronteira.

Para quem não sabe, aquela região é uma das mais quentes do Brasil e Ciudad Del Leste é uma das cidades mais porcas do mundo. O cenário já não é animador, mas piora: Os vendedores ambulantes paraguaios são um dos tipos de seres humanos mais chatos do mundo, ficando atrás apenas dos atleticanos. Em meio à gritos de “meias, meias meias”, “pedrai, pedrai, pedrai” (Possivelmente pen drive em guarani) e “Que procuras?”, qualquer olhar ou não bem-educado são entendidos como “eu quero muito comprar seu produto!”, fazendo esses seres lhe perseguirem por dezenas de metros gritando ao seu lado “Ta barato, ta barato, ta barato!!!!”, até que você se irrite e seja obrigado a escutar um “Tá “nervosso”, Patrón?”.

Depois de algumas compras, muitos graus celsius na cabeça, uma camisa original do Paraná autografada pelo Faustão a venda em uma barraquinha, vontades de mandar os argentinos pastarem e brigas intensas com as máquinas do casino, um certo amigo meu conseguiu fechar com chave de ouro ao ser pego com um spray de pimenta na aduana. Mas ele ter sido infectado instantaneamente pelo mal de parkinson não fez a viagem ficar menos boa, afinal de contas, não é porque ele tinha se cagado inteiro que a gente ia parar de fazer piada e falar besteira.

Tema Blog

Vocês podem pensar que não, até porque o blog anda com uma frequência de textos bem baixa em comparação a antes, mas eu sempre penso nele. Quando vejo alguma coisa que acho curiosa, quando to sozinho pensando, quando to dirigindo ou então no ônibus, qualquer momento é momento pra eu pensar em um tema pra escrever aqui.

Por falta de papel e caneta, perdi algumas ideias que talvez fossem os melhores textos aqui já postados, ou quem sabe o esquecimento foi um plano divino pra evitar que eu compartilhasse alguma merda enorme que eu pudesse escrever. Mas de uns tempos pra cá eu sempre tenho papel e caneta por perto pra anotar as propostas de textos, e se não tenho, anoto um lembrete no celular ou mando um e-mail agressivo pra mim mesmo...”Ei, imbecil, anote aí! Tema blog: xxxx xxxxx”. Ah sim, antes que algum bobo pense, o “xxxxx” foi apenas um exemplo e não tem nada a ver com pornografia.

Pois bem, hoje foi um dia produtivo nesse sentido, pois anotei 4 ideias de textos para postar aqui! Claro que muitas das ideias nunca serão reveladas para o mundo, vide o porta bilhetes ao lado do meu monitor, cheio de ideias anotadas, algumas escritas e postadas, outras escritas pela metade e salvas e outras que nunca sairão dali. Umas porque quando as leio, tempos depois, não entendo porque anotei aquilo, e outras porque foram sugestões infelizes.

Ao escrever tantas possibilidades de textos hoje, eu pensei: Por que não escrever exatamente sobre as minhas anotações? Pois é, sem anotações eu estaria cagado. Minha memória, que não é lá muito bo.... Oi, meu nome é Dory!......e sem minhas anotações eu não lembraria de um monte de obrigações que eu tenho para o dia.

Bom, talvez eu deva deixar umas anotações por aí, escritas “só escrever não adianta, você tem que postar no blog”.

Festa de Outubro

Segundo o Wikipédia, em outubro de 1810 o príncipe herdeiro Luís casou-se com Teresa de Saxe-Hildburghausen, em Munique, e para comemorar organizou uma corrida de cavalos para homenagear a sua noiva. A cidade toda foi convidada para a festa, e de tanto sucesso que fez, a festa começou a ser organizada todos os anos.

A oktoberfest se tornou um traço da cultura alemã ao redor do mundo, e hoje existem várias festas como essa espalhadas pelo mundo, como a famosa oktoberfest de Blumenau. E lá se foi mais um ônibus cheio de malucos em direção à Santa Catarina. Muito antes de chegarmos à terra das loiras (geladas e não geladas), a festa já tinha valido a pena, aliás, ainda nem tínhamos saído de Curitiba e a festa já estava ótima!

Depois de algumas baianinhas, croquetes congelados, fotografias estendendo uma bandeira do Chuck Norris com senhoras que estavam indo pra uma procissão e muitos hits de outras festas cantados à capela, chegamos enfim à Blumenau, com a certeza absoluta de que quem cruzou nosso caminho na estrada ou riu muito, ou nos odeia. Por lá nos espalhamos, nos perdemos, nós bebemos e “festemos”, até nos encontrarmos novamente no ônibus na hora marcada, com a consciência de que um barril de chopp é muito pouco pra nós, 2 barril de chopp é muito pouco pra nós, 3 barril de chopp....

Guia do pobre feliz

Ninguém é feliz vivendo só de amor. A gente tem que comer, ter onde morar, se divertir e torrar dinheiro com alguma coisa que todo mundo acha uma baita bobagem mas que você gosta, como um álbum de figurinhas. Não é muita coisa.

Muitos dizem que os mais pobres mesmo é que são felizes, que não deixam o dinheiro atrapalhar suas relações com as pessoas e seus momentos. Bem, eu não acho que pra ser feliz eu tenha que ser pobre, mas acredito sim que é bem possível ser pobre e feliz, e o mais importante na vida é a felicidade! (Às vezes as pessoas esquecem disso...)

Churrasquinho na laje, pagodão no CCE, brasiliona com roda gaúcha...isso pode ser tudo que você precisa para ser um cara satisfeito com o que alcançou. Mas para isso você precisa seguir o GUIA DO POBRE FELIZ:

Ande com os seus

Se suas férias de final de ano foram em Matinhos, seu carro é público, fabricado pela Volvo, e dirigido por um motorista particular de calça jeans e camisa cinza, ande com pessoas que vão, no máximo, à Guaratuba e andam de ônibus. O primeiro passo para odiar sua vida é conviver com pessoas que têm hábitos que você não pode ter.

Nunca experimente algo melhor

Aquele papo de “vou fazer uma vez na vida, só pra saber como é” é o portal para o suicídio. Dia desses caí na cagada de dar uma volta com o carro do meu pai...bem, não que seja um carrão, mas é N vezes mais bonito / confortável / potente / moderno que o meu. Quando voltei pra minha mochila motorizada, me senti montando em um jegue.

Valorize o que é seu

Se você não pode ter uma Harley-Davidson, lembre-se sempre que você não poderia empinar com ela ou andar 999.999 km com um litro de gasolina, da mesma maneira que sua Honda Biz faz.

Seguindo essas dicas, de quem já pediu muita carona na rua e botou 54 centavos de gasolina para conseguir chegar em casa, você pode se tornar um cidadão realizado, sem nenhum complexo de inferioridade ou sentimento de miséria.

Agora que terminou de ler, desliga o monitor, que a eletricidade tá cara!

Acorrrda menino!!! Cocoricóóóó

Prazos, pressão, falta de grana, gripe suína, tudo é stress...eis que: Chegou o feriado! Depois do carnaval, 7 de setembro é o feriado mais comemorado pelos curitibanos. Não porque somos mais patriotas, nos pintamos de verde e amarelo e vamos para a Cândido de Abreu cantar o hino, e sim porque dia 8 é dia da padroeira e o feriado é prolongado.

Sábado, domingo, segunda e terça, ahhh, que maravilha para descans....opa! – DESCANSAR???

Ao som de “Se eu não durmo ninguém dormeee, se eu não durmo ninguém dormeee”, eu e mais aproximadamente 30 candidatos a freqüentadores do AA passamos essa distinta data na já famosa casa bege, na Ilha do Mel. Tudo é roots, tudo é longe, tudo é feliz. Dormir as 5 da manhã e acordar as 8 não estragou o humor de ninguém, pelo contrário: 9 da manhã já tinha gente bêbada, outros jogando bola, outros em direção aos pontos turísticos e outros chegando em casa após acordar de um porre sozinho no meio das trilhas.

Após rodas de violão, festas geniais, carregar corpos desacordados nas costas e tempestades que fizeram barracas levantarem vôo (isso não é um exagero: É SÉRIO), volto pra casa podre e rezando pra que sábado chegue logo e eu possa dormir um pouquinho.

Afinal de contas, carregar garrafas de baianinha e dançar a dança do T-Rex cansam pra burro, rapaz...

P.s: Valeu Bruninho / Topera / Aprendiz

Minha segunda casa

Lugar como a nossa casa não existe: É lá que estão as suas coisas e onde você se sente confortável, enfim, se não é o melhor lugar do mundo, ao menos é o lugar onde você se sente confortável. Esse lance é tão trágico que existem pessoas que não conseguem nem usar o banheiro fora de casa!!! (Bom, não que eu queira entrar em detalhes em relação a isso, mas, desse problema eu não sofro não...).

Entretanto, existem pessoas que elegem um local como segunda casa. Pode ser a casa da avó, da mãe, do pai, por que não do cachorro?, o estádio do seu time, o seu bar preferido, enfim, um local onde a pessoa se sente a vontade. E o que é um lugar onde a pessoa se sente a vontade? Onde ela é bem recebida, como bem e dorme?

Se assim for, eu tenho a minha segunda casa: O Bar do Beto.

Sempre bem recebido, desde uma noite chuvosa de segunda feira até a ceia de Natal, não tem hora em que eu chegue no Beto e suas portas estejam fechadas pra mim. E a comida então...onde mais eu como um pastelão especial e completíssimo que mal cabe no prato de porção onde é servido por R$ 3,50? E se você pensa que é só comida de pobre que você encontra, nunca se esqueça: AQUI É BATEL, AMIGO!!! Em nenhum outro lugar você pode tomar uma cerveja belga acompanhada de um suculento rollmops.

Se isso tudo já não fosse o suficiente para chamar o Bar do Beto de segunda casa, o último argumento: É o segundo lugar que eu mais durmo, atrás apenas da minha primeira casa. Aconteça o que acontecer, se eu sentar naquelas cadeiras compradas de uma lan house e instaladas em um bar, eu vou dormir. E sabe o melhor de tudo?

É igual casa de vó...depois que eu acordo eu não preciso arrumar a cama.

Ela se foi

Parecia que seria eterno, mas não foi. Os problemas, as contas pra pagar, tudo isso foi determinante para a separação. Espero que agora ela seja feliz, enquanto ou tomo meu rumo e procuro outra pra me fazer feliz novamente. Bom, antes de mais nada: eu não estava namorando, nem perdi uma ficante que gostasse muito, acho que na verdade foi algo muito pior...eu vendi a minha fender.

Sonho de grande parte de qualquer moleque que se aventure no mundo das cordas, uma guitarra igual aquela não se compra “assim”, custa caro e não é qualquer bodega que tem uma daquelas pra vender. Por custar caro, me surpreendeu eu conseguir vender tão rápido, mas bem, como hoje mesmo eu ouvi...”Uma guitarra dessas é que nem fusca bem cuidado. Quem tem não vende, e quando pinta uma dessas no mercado, o povo fica louco atrás”.

Agora é esperar pra comprar outra guitarra do mesmo naipe (ou melhor) e me divertir com a minha outra, já bem velhinha, surradinha, ordinariazinha, mas que foi a minha primeira guitarra e me quebrou o galho por tantos anos. Mas enquanto isso não acontece, vou sempre ficar com saudade daquele que foi um dos primeiros sonhos que eu realizei e que agora eu já não tenho mais.

=(

Gripe Suína

Pânico, pânico, pânico!!! Acho que nem isso resume tão precisamente o sentimento do povo por aqui em relação à doença da moda. Já tenho um pote de álcool em gel no meu carro (EU COMPREI CARRO!!!!!!! AEEEEEEEEE), que segundo a Carol, só serve pra limpar o pára-brisa, pois o que eu tenho é 46% e o ideal é álcool 70%. As pessoas no ônibus estão usando máscaras para evitar o contágio (que não servem de nada, aliás. Máscaras só servem para evitar QUEM JÁ TEM o vírus de espalhar para outras pessoas, mas quem não tem, não se protege com a máscara) e eu já planejava vender máscaras personalizadas e ganhar dinheiro com a doença dos outros, mas segundo a Carol, ninguém vai comprar pois as máscaras são distribuídas gratuitamente.

Independente de a Carol gostar de jogar água no meu chopp ou não, fato é que na crise que surgem as grandes oportunidades, e essa é a sua chance de enriquecer em cima do desespero alheio! Baseado na necessidade de algumas pessoas em ganhar dinheiro e no fato de que pimenta no cu dos outros é refresco, siga agora o esperado GUIA DE ENRIQUECIMENTO NA GRIPE SUÍNA:

Venda Kits Gripe Suína:

Dizer a verdade não interessa, o importante é convencer as pessoas de que elas precisam do seu produto. No atual caos, é moleza convencer alguém de que para se garantir vivo na pandemia a pessoa precisa de: 1 pacote com 10 máscaras personalizadas (sugestão: desenho de porquinho na máscara), um tubo de 300ml de álcool em gel, uma toalha anti-viral e um spray matador de vírus.

O spray e a toalha não devem nem existir, mas quem se importa?

Abra uma empresa de transportes seguros:

Pessoas estão deixando de viajar porque não querem se aproximar de outras pessoas suspeitas de sofrerem da doença. Ofereça um transporte “seguro”, portanto: Para entrar no seu ônibus todos precisam fazer exame, cada passageiro viaja há uma distância de 1 metro de qualquer outro passageiro, entregue um kit gripe suína para cada passageiro e pare a cada 1 hora para “circular o ar” dentro do ônibus.

Cobre 7 vezes o preço de uma passagem normal.

Crie um cinema ao ar livre:

Baixe a Era do Gelo 3 na internet e transmita em um terreno baldio de sua escolha. O fato de deixar seus clientes seguros vai deixá-los tão satisfeitos que eles nem se importarão com a filmagem feita por câmera fotográfica.

P.s: Venda o kit gripe suína e a pipoca gripe suína, que consiste em vários potes pequenos de pipoca, pra não ocorrer de várias mãos entrarem em um pote só.

Agora que você enriqueceu, não precisa se preocupar mais com trabalho. Tire umas férias, vá viajar, conheça algum paraíso tropical que esteja no verão atualmente...que tal Acapulco?

Antes eles do que eu

“- Sabe fulana, to me sentindo meio velho já...puxa, sábado que vem minha amiga vai casar!!!

- Velho? Você é bem mais novo que eu, não tem nada a ver...

- Eu sei! Mas essa minha amiga, puxa, lembro dela no cursinho, tinha acabado de conhecer o namorado...agora ta formada faz horas, e ta casando!!!

- Você acha ruim ver os outros casando assim?

- Aham, me sinto envelhecendo...

- Bom, pense assim: Antes eles do que eu!”

Foi como se tirassem um peso das minhas costas: As coisas não estão tão ruins quanto eu pensava, afinal de contas, eu sou solteiro!!! Já pensou se fosse eu quem estivesse casando? Cruz credo. Desde então me vieram idéias egoístas, pensando sempre que era melhor que as tragédias acontecessem com os outros do que comigo.

Um amigo meu já me ensinava há tempos a nata do egoísmo:

“Cara, caiu um avião lotado em cima de um hospital, morreram umas 500 pessoas, pegou fogo na cidade e todos os moradores ficaram com câncer nas bolas...

...- Antes eles do que eu!”

...era o que se ouvia, logo após o som de um tranqüilo e aliviado gole no seu copo de cerveja. Claro que não se pode esperar nada diferente de um cara que tira o nome dos colegas da capa de um trabalho da faculdade por birra, pero, nesse caso o seu egoísmo era uma lição de vida.

O que eu posso fazer com essas tragédias? Ressuscitar todo mundo? Bom, eu não tenho esse poder (Se esse meu amigo tivesse, provavelmente gastaria suas energias transformando água em vinho...). E se chega uma carta única da companhia elétrica da sua região, dizendo que ou o seu apartamento ou o do seu vizinho de porta iria ter que ficar sem luz por uma semana, e quem tivesse disposto a ficar sem luz era só “não responder à correspondência”...você entregaria a carta a seu vizinho?

Pois é, é assim que funciona, altruísta mesmo ninguém é, e se existisse uma lei que exigisse que alguém no mundo tinha que ser...

...bom, antes eles do que eu!

Maracangalha

Eu pesquisei: A Maracangalha não é mesmo nenhum lugar realmente relevante, não passa de um bairro em Belém e de um distrito de um município do interior da Bahia, e se você quiser checar, digita lá no wikipedia. Mas da onde o Dorival tirou a Maracangalha então? A história é bonitinha, se não fosse absurdamente canalha. Caymmi tinha um amigo que tinha 2 famílias, e pra visitar uma delas, falava pra sua esposa que ia pra Maracangalha (aquela da Bahia) à trabalho.

Confesso me sentir decepcionado em descobrir que a Maracangalha não é uma ilha caribenha, com muito sol, praias lindas e cheia de pessoas felizes dançando no meio da rua, mais ou menos o que os americanos imaginam do Brasil, mas trocando os índios por caucasianos e macacos por drinks de frutas multi-coloridos. Na pior das hipóteses, a Maracangalha seria uma praia linda na costa nordestina brasileira.

Mas se a Maracangalha era um distrito numa cidadezinha da Bahia a qual Zezinho (Amigo do Dorival) trazia açúcar, por que o Dorival iria pra lá de chapéu de palha? Não seria mais interessante ele ir pra outro lugar com esse chapéu? E por que a Nália iria ter vontade de ir pra essa porra de buraco? E o preguiçoso querendo fazer inveja pra mina ainda, hunf...

Essas coisas me fazem pensar: Eu fico me batendo pra escrever algo “que faça sentido” aqui, adorava escrever minhas letras de música quando era novo, e me preocupava se elas queriam dizer alguma coisa, enquanto um baiano “quatizento” escreve uma coisa sem sentido e estoura nas paradas.

E o Jorge Benjor? Jacarezinho? Avião? Cuidado com o disco voador??? Melhor nem continuar a letra pra não ficar paranóico tentando encontrar 5 palavras em seqüência que formem uma frase com sentido. Pior que isso, só as letras cheias de metáforas exageradas (Renato Russo está triste via buddypoke), gênios incompreendidos com um violão na mão são mais perigosos do que dividir seringa com o Cazuza. Parece que quanto mais o cidadão divaga na letra, mais genial ele se torna, e se ele é reconhecido como gênio, pode escrever qualquer coisa sem sentido, que as pessoas tentarão achar poesia naquilo, o cidadão fica com tanta credibilidade que se torna um grande modelo para publicidade.

Alô, alô W/ Brasil !!!

Michael Jackson

E aqui estou eu, novamente, usando da malandragem de colocar o nome da “personalidade da semana” como título para atrair visitantes. Só que dessa vez a personalidade é muito mais do que uma pessoa esquisita, talentosa e que só mostrou o que é capaz de fazer com algumas boas décadas de atraso. Na verdade Michael também era esquisito (e bota esquisito nisso...) e talentoso (e bota talentoso nisso...), mas começou cedo (e bota ced...ok, chega, vocês entenderam) e por isso tudo o texto é sobre ele mesmo.

Michael, que apesar das acusações jurava de pé junto não ser comedor de criancinhas nem amante da Billie Jean, é com certeza um dos artistas mais importantes da história da música. Se o assunto for música pop, apenas Beatles, Elvis Presley e Madonna podem ser comparados ao que Michael Jackson alcançou. E o mais importante: Ele quem escrevia suas músicas! Chega a ser patético dar um grande mérito a um músico por ele escrever suas próprias canções, mas em tempos em que ídolos são “construídos” como empresas e tudo que precisam fazer é interpretar da melhor maneira possível músicas e passos de dança pré-estabelecidos, isso precisa ser valorizado. Passos de dança também eram especialidades do cara, afinal, quem não conhece o Moonwalk é porque vive em Marte e está apenas passeando no Planeta Terra.

Muito mais do que um grande artista, Jackson foi uma das personalidades mais influentes e conhecidas de nosso tempo, e seu reconhecimento foi tanto que eu duvido que você nunca tenha visto um filme / coreografia / peça de teatro ou qualquer coisa do gênero que envolvesse alguns passos de “Thriller”, o mais famoso vídeo clipe da história, aliás.

Infelizmente, “thriller” também era o que ele viveu em seus últimos anos, sendo mais lembrado por seus escândalos do que por sua música e devendo mais dinheiro do que todos os clubes de futebol do Rio juntos. Deixou, com certeza, um problemão para seus descendentes e para os produtores que estavam organizando sua nova turnê, porém, seu maior legado foi o que fez nos palcos, e mesmo que você seja metaleiro, pagodeiro, axézeiro, forrózeiro, “black or white”, você precisa respeitar e entender a importância de Michael Jackson para a música.

Boa sorte aí no lugar pra onde você foi, que você faça por aí a mesma coisa que fez por aqui, mas por favor, sem convidar criancinhas pra dormir com você dessa vez, ok?