E aqui estou eu, novamente, usando da malandragem de colocar o nome da “personalidade da semana” como título para atrair visitantes. Só que dessa vez a personalidade é muito mais do que uma pessoa esquisita, talentosa e que só mostrou o que é capaz de fazer com algumas boas décadas de atraso. Na verdade Michael também era esquisito (e bota esquisito nisso...) e talentoso (e bota talentoso nisso...), mas começou cedo (e bota ced...ok, chega, vocês entenderam) e por isso tudo o texto é sobre ele mesmo.
Michael, que apesar das acusações jurava de pé junto não ser comedor de criancinhas nem amante da Billie Jean, é com certeza um dos artistas mais importantes da história da música. Se o assunto for música pop, apenas Beatles, Elvis Presley e Madonna podem ser comparados ao que Michael Jackson alcançou. E o mais importante: Ele quem escrevia suas músicas! Chega a ser patético dar um grande mérito a um músico por ele escrever suas próprias canções, mas em tempos em que ídolos são “construídos” como empresas e tudo que precisam fazer é interpretar da melhor maneira possível músicas e passos de dança pré-estabelecidos, isso precisa ser valorizado. Passos de dança também eram especialidades do cara, afinal, quem não conhece o Moonwalk é porque vive em Marte e está apenas passeando no Planeta Terra.
Muito mais do que um grande artista, Jackson foi uma das personalidades mais influentes e conhecidas de nosso tempo, e seu reconhecimento foi tanto que eu duvido que você nunca tenha visto um filme / coreografia / peça de teatro ou qualquer coisa do gênero que envolvesse alguns passos de “Thriller”, o mais famoso vídeo clipe da história, aliás.
Infelizmente, “thriller” também era o que ele viveu em seus últimos anos, sendo mais lembrado por seus escândalos do que por sua música e devendo mais dinheiro do que todos os clubes de futebol do Rio juntos. Deixou, com certeza, um problemão para seus descendentes e para os produtores que estavam organizando sua nova turnê, porém, seu maior legado foi o que fez nos palcos, e mesmo que você seja metaleiro, pagodeiro, axézeiro, forrózeiro, “black or white”, você precisa respeitar e entender a importância de Michael Jackson para a música.
Boa sorte aí no lugar pra onde você foi, que você faça por aí a mesma coisa que fez por aqui, mas por favor, sem convidar criancinhas pra dormir com você dessa vez, ok?