sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A pipa do vovô não sobe mais

Explode coração na maior felicidade, é lindo meu salgueiro contagiando e sacudindo essa cidade!!!


Ou então...


Poeiraaaaa, poeiraaaaaaaa, poeiraaa, levantou poeiraaaa...


Ou ainda...


É o bicho, é o bicho, vou te devorar, crocodilo eu sooooooouuu....


Não importa sua escolha: Assistir ao desfile das escolas de samba (na tv ou no sambódromo mesmo), ir pra alguma balada / clube ou ainda ir pra alguma farra na rua, você deve conhecer alguma dessas músicas ao menos ou então você não é brasileiro de verdade!


O carnaval traz junto com suas mulatas desnudas, suas cachaças misturadas e suas fantasias alopradas, algumas músicas que viram “tema” da folia no ano. Confesso que fiquei decepcionado pela falta de uma música realmente marcante do carnaval 2009, uns 2 funkzinhos que tocaram um pouco mais, mas longe daquela coisa de você acordar ouvindo uma música e ter que escutá-la, no mínimo, 30 vezes no mesmo dia. Destaque para “Eu puxo seu cabelo, faço o que você goxxxxta, dou tapa na bundinha, vou de frente, vou de coxxxxxtaxxxx” (sotaque carioca lexxxk loxt ixtronda...né?), mas nada que se diga “essa música marcou meu carná!!!”.


Fato é que as músicas de carnaval não exigem letras inteligentes, elaboração melódica ou ainda um vocalista de fato talentoso. Isso desde os tempos em que o Sílvio Santos animava nosso carnavais com “Dr., eu não me engano, meu coração é corinthiano” ou ainda antes, nos tempos que as marchinhas de carnaval faziam nossos avós “sacudirem o esqueleto”. Para uma música dar certo no carnaval, ela exige uma letra engraçadinha e precisa poder ser cantada em ritmo grudento: Só isso!!!


Como eu não dei certo na música boa, lanço meu projeto “Cancioneiro carnavalesco”, e aviso desde já que o mundo será obrigado a ouvir a minha voz cantando. Começo ainda hoje a escrever as minhas canções e busco ainda essa semana programas que reproduzam batidas de funk e axé no meu computador. Os riffs de guitarra eu mesmo gravo, espetando a bichinha direto na minha placa de som onboard: Se o Bel do Chiclete com Banana pode ter aquele timbre de abelha com gripe, eu também não preciso me preocupar com gravação!


Essa é a minha primeira tentativa de ficar rico de 2009! Torçam por mim, pois os freqüentadores assíduos do blog serão beneficiados com presentes e convites pra festas VIP, como outrora prometido.


Leiam, em primeira mão, o primeiro sucesso do ano que vem, que não fui eu que escrevi, mas juro que pago os royalties o dia que descobrir quem foi o gênio escreveu isso:


Chupar xo**ta, na maciota,

Chupar xo**ta é uma coisa linda

Meter a língua, na sua va**na

Só não gosta quem não fez ainda...


BIS


E aí??? Será que pega???


=)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sábado 14

Em um acampamento, cantando em volta da fogueira e em clima de “pura azaração”, monitores vão morrendo um a um, sem que se descubra quem é o responsável pelas mortes. Mais ou menos assim é o enredo de um filme de terror clássico de 1980, o “Sexta Feira 13”. Sexta feira 13 é considerado por alguns um dia de azar, e eu nem sei bem porque isso, mas pra mim, essa sexta feira 13 foi de muita sorte, pois, após um dia tranqüilo de trabalho, com tempo bom lá fora, passei por 2 churrascos, sem ter que desembolsar um mísero centavo.


Dando uma de Zagallo aqui: “Sexta foi massa” tem 13 letras, mas “Sábado eu me fudi” tem 14. Já sou acostumado a “delays” na minha vida, mas parece que até o meu dia de azar chega um pouco atrasado: Sábado foi foda.


Tudo começou bem e a perspectiva era boa. Fui andar de kart, coisa que adoro fazer, a corrida não atrasou, não choveu, tava tudo certo, até que, faltando 2 míseras voltas pro fim, o freio do meu kart simplesmente estoura. Isso aí, pedalzinho pendurado pro lado, eu não tinha freio e o kart na merda. Tive que atravessar a pista correndo a pé (Quem já foi no Raceland sabe como aquela pista é grande...são 1.200 metros de pista!) pra buscar um outro kart, que aliás, tava com o pneu mais careca que a cabeça do Sargento Pincel. Resultado: Meu 8º lugar virou 11º.


Até aí tudo bem, ter gastado 80 e poucos mangos pro kart estourar o freio era a parte light do meu dia. Até quando o Gaspar me ligou, chamando pra ir jogar bola: Opa! Lá fui eu pra Stark, que fica mais perto da Costa do Marfim do que do centro de Curitiba, jogar o meu futebolzinho de baixo nível. Eu já estava morto de cansado por causa do kart, mesmo assim fiz meu “tradicional” golzinho, até que eu quis bancar o rei da raça, e dividir uma bola. E foi em uma bola que meu tornozelo se transformou. Com um leve totó, pisei em falso, torci o pé, e vi nascer uma bola de tênis ao lado do meu pé, saí de quadra carregado, sem poder ao menos encostar o pé no chão. Fiquei “preso”, pois estava de carona no meio do nada e o Gaspar resolveu fazer um churrasco, até 1 da manhã. E eu lá...fudido.


Tive dificuldade enorme pra dormir, por causa das dores, dormi muito pouco. Fui ao médico e.....bom, minha carteirinha da unimed estava vencida e eu não fui atendido. Dando seqüência a desgraça, não pude ir fazer a prova de um concurso que eu estava inscrito (80 pilas a inscrição, aliás...) e pra fechar com chave de ouro, o Paraná perdeu pro Iraty.


Depois de tanto azar, tenho que ter um pouco de sorte. Amanhã eu jogo na mega, podem me cobrar. Quer dizer...se eu conseguir andar até a lotérica né?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Barulhinho Bom

“Nossa, que graça tem um bando de homem fedido correndo atrás de uma bola?”. Pergunta idiota, feita por pessoas bestas e que pensam ser mais inteligentes que os “meros mortais”. A resposta: Paixão. Não, não paixão por homens fedidos, mas o futebol apaixona, só quem joga ou acompanha entende, e quem não faz nada disso não tem o direito de criticar quem o faz sem tentar algumas vezes na vida brincar com o esporte bretão.


E que graça tem passar os dedos por sobre um fio enrolado com aço?


Essa pergunta é menos freqüente, quase inexistente, mas a explicação é a mesma do porque gostar de futebol: Paixão. Tocar um instrumento musical é tão (ou mais) apaixonante que um clássico de futebol, que o seu novo cachorrinho ou que a Angelina Jolie atuando em 60 segundos.


Mas por quê?


Tocar um instrumento musical exige dedicação, tempo, dores, disposição, raciocínio, estudo. É quase como um filho, só que um instrumento musical nunca vai gritar “Paaaaai, te amooooo” depois de receber o diploma dele. Mas então, qual a graça de ficar abrindo os dedos de maneira desconfortável e receber em troca um som chiado? A esperança de fazer aquele som limpo! E quando o som sai limpo, a sua alma se limpa junto, e uma seqüência de notas limpas é capaz de te tirar da guerra e te levar pra uma rede na beira da praia, curtindo uma sombra de coqueiro. Poucas coisas relaxam tanto quanto pegar um violão e arranhar umas musiquinhas. Pouquíssimas coisas te liberam mais energias positivas do que pegar uma guitarra com o drive borbulhando, o volume no talo e tocar uns power chords, só pra soltar a raiva!


Não há explicação pro sentimento que a música proporciona, mas eu garanto que o sentimento é o melhor possível quando você ouve aquele barulhinho bom que você mesmo fez.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A camisa amaldiçoada

Que grande tema pra fazer um filme de terror lado B! Imagine Zé do Caixão enfrentando zumbis, que se tornaram essas criaturas porque vestiram uma camiseta? Seria ridículo, mas poderia passar nas noites da Bandeirantes em 1996....


Bom, o que uma camisa é capaz de fazer? Pode cobrir alguém do frio (Pero no mucho...), pode “enfeitar” alguém, o deixando mais bonito, pode deixar alguém adequado para certo tipo de situação, pode até te ajudar na limpeza de casa, desde que ela seja de político e você resolva fazer uso dela como pano de chão. Mas as camisas podem fazer muito mais que isso, as camisas podem trazer o azar em todo seu esplendor!


Eu não era supersticioso. Pra mim, causa e efeito tinham ligações diretas: Se você lavar o cabelo, você vai ser menos fedorento e vai conseguir uma mulher pra você, logo, isso não constitui numa simpatia, mas se você comer um rato frito, você não vai ganhar na loteria, porque uma coisa não está ligada na outra. Isto posto, eu não tinha “cuequinha furada da sorte” ou um pé de coelho pendurado no meu nada modesto molho de chaves.


Mas tudo mudou, graças a uma camiseta. Existe uma camisa do Paraná (Time que torço), modelo de 2007, que eu acho a camisa mais linda que o clube já teve. Azul de um lado, vermelho do outro, cores vivas, sem frescurites e rabiscos desnecessários, ela era a representação perfeita do uniforme idealizado pelos fundadores do clube. Ganhei essa camisa de presente há um tempo, mesmo que eu pudesse pegar um modelo mais atual, eu queria essa mesma. Até aí, tudo certo, o problema, é que essa camisa dá azar!!!


Eu a usava com grande freqüência pra ir aos jogos do meu tricolor, nada mais trivial do que usar a camisa do seu time nos jogos afinal de contas, só que o Paraná SEMPRE perdia. Certo dia eu fui com outra camisa, e o time ganhou. Jogo seguinte, lá estou eu novamente com meu já tradicional manto sagrado e PLU: Derrota. Comecei a desconfiar das capacidades macabras da vestimenta, mas segui firme...”Capaz que uma porra de uma camisa vai mudar os resultados do meu time...”. Dada a insistência de usá-la, meu time insistiu em perder e estava brigando pra não ser rebaixado, o que me fez perder o orgulho e parar de usar a camisa. Eis que o time engrena, começa a ganhar vários jogos, sobe bem na tabela, era outra coisa! Insistente que sou, pensei que o time já estava bem, e que camiseta nenhuma poderia acabar com isso. Fui a mais um jogo com a dita cuja. Pois bem: Derrota. Desisti. Me entreguei. Abortei missão. Não a usei mais pra ir ao estádio. O time manteve seu ritmo de vitórias e escapou com folga do temido rebaixamento.


Ano novo, vida nova, o time se ajeitando ainda, mas cada vez mais “certinho”, vou pro jogo hoje, e simplesmente esqueço que estou usando a camisa. Jogo começa: Pressão tricolor, poderia ter feito vários gols. Começa o 2º tempo, GOL! Que maravilha! Lembrei que estava usando a camisa...”Veja só, ta ganhando comigo usando a camisa...”.


O Londrina virou – Paraná 1 x 2 Londrina


=(

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Só no ano 2000

Envelhecer é dose. A cada semana que passa, eu já não celebro o tão aguardado fim de semana que chegou logo, mas lamento a velocidade do tempo, que passa rápido demais e me faz perceber que já estou ficando velho e ainda não fiz nada de bom da minha vida. Eu já tenho menos cabelos do que tinha antes, vou a galope rumo aos 30 anos, e ainda não fiz metade (sendo otimista) do que planejava ter feito quando chegasse nessa situação. Tudo bem, esse post não é um lamento ou uma obra do saudosismo que insiste em fazer parte de mim, mas esse primeiro parágrafo serve pra lembrar como o tempo passa voando, e eu possa, enfim, falar sobre o verdadeiro tema do texto.


Nós temos mania de falar “frases prontas” em certos casos, por exemplo, se eu conto alguma história de alguma menina que conheci pro Farinha, automaticamente ele responde: “Meu, você é feio!”, ou se conto uma história meio cabulosa pro Roque, prontamente ele me diz: “Não boto uma fé”. Eu também tenho as minhas respostas automáticas, mas lembro que quando criança, quando falavam alguma mentira, ou algo que não ia acontecer nunca, eu respondia: “Ih, só se for no ano 2000!!!”. O ano 2000 era a referência de tempo mais longe que eu poderia imaginar, talvez até porque eu achava que do ano 2000 o mundo não passava (Eu não podia ouvir falar em apocalipse, que já me dava calafrios!). Eu pensava que eu seria “grande” quando chegasse aos 16 anos, eu realmente pensava que os recém debutantes mereciam respeito pela avançada idade, e entendia que quem chegasse aos 20 e não fosse casado, com filhos, casa própria e um bom carro na garagem era um derrotado. Ironicamente, 16 anos era a idade que eu tinha no ano 2000, e foi quando eu percebi que o ano 2000 não era tão distante e que “homens” de 16 anos ainda não eram nada, pois eu me trancava de medo do fim dos tempos, dirigia pior do que uma senhora cega (obviamente com o pai do lado, porque eu não tinha idade pra tirar carteira) e não fazia idéia de como se preparava um macarrão. Não duvide que eu seria capaz de preparar um na churrasqueira, tamanha era minha inaptidão para a cozinha naqueles tempos (não que tenha melhorado grandes coisas...).


Com a aproximação do ano 2000, a referência de longitude no tempo era o ano de 2010...porra, uma DÉCADA depois do ANO 2000!!! De fato, uma época inalcançável, que é NO ANO QUE VEM!!! Pelo menos 2014 está aí, e eu torço, com todas as minhas forças, que as seleções sueca, espanhola e italiana tenham Curitiba como sede na Copa, e que suas torcedoras, sedentas por conhecer o swing latino e exótico do brasileiro, se hospedem em um hotel próximo ao estádio, que felizmente é muito próximo da minha casa.


Dureza é chegar em 2014, com 30 anos, careca e ainda morando com a mãe...


=(

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Profissão repórter

Em um daqueles dias horríveis, quando você precisa sair fazer algo, está chovendo, você não tem dinheiro pro ônibus, chega no lugar e o mesmo está fechado, te impossibilitando de fazer o que precisa, eu pensei: Mas que merda!


Tomando meu rumo a pé pra casa, eu vi um carrinheiro, que além de carregar seu papel molhado pela chuva, pesando o esquema todo, ainda tinha um cachorro num cestinho e um filho em cima do carrinho, e eu pensei: Mas que merda!


Bobo que sou, nisso me ocorreu uma idéia, por que algum “crítico do mundo” qualquer não resolve fazer um desses programas estilo “profissão repórter” ou um documentário se fazendo passar por carrinheiro? Porque se passar por enfermeiro, taxista, comedor de McDonalds é muito bonito, mas “pegar pesado” mesmo ninguém quer né?


Já visualizei a cena: Michael Moore andando 40 km diários, puxando papel molhado, cachorro, 9 filhos e a sogra. O papel pesando, o cachorro rosnando, os filhos gritando e a sogra reclamando. Isso sim seria passar por uma situação complicada!


Aí já me surgem mais idéias de profissão repórter: Maquiador de funerária. Já pensou que terrível chegar uns corpos de nego atropelado por caminhão e você tem que deixar o rosto do sujeito bonito? Eu sei que quando o esquema é muito feio o caixão é fechado, mas mesmo assim, maquiar morto “meio” feio já é dose pra elefante. Como que um cara que vive disse dorme a noite? Convoco Hermano Henning para tal missão!


Aí, pra sacanaear de vez mesmo essa turma que adora fazer um documentário sobre as piores profissões do mundo, mando minha ultima sugestão: Um dia como publicitário!


Não não, peguei pesado demais, é melhor parar por aqui...