sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Reencontro

Sabe aquele papinho besta de que a gente só dá valor quando perde? É mais ou menos por aí, mas não é bem isso. O cidadão tem uma rotina, acorda todos os dias na hora x, pra ir pro lugar y, encontra com as pessoas z e faz o que tem que fazer. Tudo parece normal, monótono, quiçá desgastante. Então acaba tudo, a rotina muda e as pessoas com quem o caboclo conviviam já não fazem mais parte do seu dia-a-dia. É tomado outro rumo, formam-se novas histórias, outras amizades, convivências diferentes, mas o cara nunca esquece da sua rotina de antes. Até que ele encontra um de seus colegas antigos na rua, dá uma abraço fraterno e pergunta as mesmas amenidades de sempre...”Onde anda?’...”Fazendo o que?”...”Trabalhando na área?”...e ouvindo as histórias do antigo companheiro surge a saudade de tempos que não vão mais voltar.


Os anos passam, os enredos de nossas vidas tomam rumos diferentes, mas depois de alguns encontros não combinados nas ruas, resolvemos que devemos nos encontrar novamente. Como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivéssemos subido naquele palco de teatro pra receber o nosso canudo, os assuntos são os mesmos, as piadas são as mesmas, as provocações são as mesmas e o timbre de nossas risadas ainda são os mesmos. O tempo passa, o cabelo cai, a conta no banco engorda, mas ainda somos os mesmos manés que desenhávamos os outros nas folhas do caderno de estatística. Ainda somos os mesmos palhaços que damos apelido pra todo ser caricato que cruze o nosso caminho. Ainda somos o quarteto, o quinteto, o sexteto...a galera mais odiada da turma de Publicidade de 2003, e os caras que mais levaram o riso e a descontração para as aulas de comunicação do Unicenp.


Que nossos reencontros não sumam da mesma maneira que aquele ser careca sumiu.


P.s: Drico, nós temos nojo de você! hehehe

6 comentários:

Anônimo disse...

Ai Balu, vou discordar! A nossa rotina muda, as pessoas se distanciam, seguem suas vidas... sim, a gente sente falta de muitas coisas que passaram.
Mas quando a gente se reúne tempos depois, não é a mesma coisa não... porque nós não somos as mesmas pessoas daquele tempo.. e não é só pq temos menos cabelo ou mais rugas... é pq vivemos novas experiências, amadurecemos, mudamos nosso modo de pensar as coisas. Eu demorei pra aceitar que isso é uma coisa boa. Hehe. Mas serve pra gente dar valor pro que vivemos agora, pq são momentos que não voltam mais... por mais que a gente tente reviver, nunca será igual!

Carpe diem! ;)
Beijo.

Anônimo disse...

bom texto.

eu tenho muita saudade de épocas que passaram e nunca mais vão ser iguais.

já ouviu que "a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros nesta vida..."?("Vini" de Moraes).
ieii.

passei porque..., né?
virou lei!

bjoo

Anônimo disse...

Nostalgia é o q há... é a maior prova de q o cérebro filtra as boas lembranças... a gente voltando a pé dos bar, com dor no pé, cansado, suado, bebado as vzs, pedalando as vzs....tomava 2 chopp e ficava alegre já... era assaltado... tomava geral da polícia... e ainda uma penca de coisas q na época enchiam o saco mas era bom demais.

Ainda bem q hj só vem as coisas boas na cabeça... aliás, ta aí um tema p vc... Saudade é bom ou ruim?

B. disse...

Nossa, me deu uma puta nostalgia de ler esse seu texto, me coloco em todas essas situaçães, sou muito saudosista!

(deixo seu blog cantarolando a trilha sonora que fez meu ano de 2002, ah, quanta saudade....!)

Bel
www.corporativismofeminino.com

Anália disse...

Faot, certo? Te vi no blog CF e tinha certeza que era tu =p

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B. disse...

Voltando aqui pra contar a trilha..

Tudo que vai, Cai a Noite (Capital Inicial - na verdade, acho que todas desse acústico), Whats Up (4 non Blondies), Have you even seen the rain (Creedance), Mais uma vez com a Cassia Eller, e mais algumas... :D

Abraços :)
Bel